No episódio das bodas de Caná, o evangelista João desafia-nos a repensar a nossa forma de responder ao Deus da comunhão e da “aliança”. De acordo com João, se o nosso envolvimento com Deus assentar no mero cumprimento de leis, de rituais externos, de orações de circunstância, de liturgias pomposas e vazias, rapidamente deixará de fazer sentido. Nesse caso, a nossa relação com Deus tornar-se-á uma relação insípida, a que falta o “vinho” da alegria e do amor; poderá mesmo chegar a ser um fardo insuportável, que mais cedo ou mais tarde nos fará desistir de Deus. Para respondermos adequadamente ao desafio de viver em comunhão com Deus, temos de escutar Jesus e de “fazer o que Ele nos disser”. Temos de aprender com Ele a escutar Deus, a acolher os projetos de Deus para nós e para o mundo, a amar até ao dom total de nós mesmos. Como é que vivemos a nossa relação com Deus? Limitamo-nos a uma vivência religiosa triste e aborrecida, feita de gestos externos e do cumprimento de regras mais ou menos irrelevantes, ou somos capazes de acolher o “vinho bom” que Jesus nos oferece? Somos capazes de acolher as propostas de Jesus e de aprender com Jesus a amar a Deus e aos nossos irmãos?
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